sábado, 7 de fevereiro de 2015

ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS DA NRP "CDTE JOÃO BELO" F480


FRAGATA JOÃO BELO - PREVISÃO DE UMA

REESTRUTURAÇÃO



Chegaram a existir planos para a remoção de todas as peças de artilharia da popa, para aí
instalar um convés e um hangar, para operações de helicópteros Lynux. No entanto, o navio poderia resultar demasiado lento e a estabilidade poderia ser colocada em causa. Outra possibilidade, igualmente aventada, foi a remoção das torres de popa para a colocação de mísseis anti-navio, idênticos aos utilizados na classe "Vasco da Gama" (Harpoon) ou mísseis Exocet.

Qualquer das alterações acabaram por ser arquivadas.




NRP "COMANDANTE JOÃO BELO EM 1970



                            A SUA MODERNIZAÇÃO


A modernização ocorrida entre 1987 e 1989, teve em vista transformar as  Classe "João Belo" em fragatas  com uma vincada vertente ASW (Anti-Submarine Warface). Desta maneira, a principal alteração nas "João Belo" foi a instalação do sonar AN/SQS-510, que é igual ao utilizado nas "Vasco da Gama", a substituição dos lançadores de torpedos por versões idênticas às instaladas nas fragatas mais modernas, alteração das  defesa contra ataques de torpedos e melhoramentos significativos na área de guerra electrónica.
No sentido de reduzir a tripulação das "João Belo", viram retirada uma das peças de 100 mm à popa e viram igualmente criadas as instalações para pessoal feminino a bordo.
Pesquisa em www.areamilitar.net 
















                                          FRAGATA JÁ MODERNIZADA

Aspecto da Fragata João Belo, após a sua modernização


Tubos  lança-torpedos


Lançamento de torpedo










quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

RETALHOS DA VIDA DE UM MARINHEIRO



Johns




Amigo Martins

Toda a minha vida foi de aventura e risco
Mas tive sempre uma protecção Divina que me acompanhou




Palavras do meu amigo Johns.


_____________________________________________________________________________

JOHNS
ANTES DE SEGUIR PARA O ULTRAMAR




José António Fonseca  (Johns, seu nome de Guerra), natural de Torres de Moncorvo, foi à inspecção, para a Marinha, como voluntário, com 18 anos, em Junho de 1961.Em 16 de Setembro, assentou praça na Marinha, no Grupo 1 de Escolas da Armada, em Vila Franca de Xira.
Em 12 de Janeiro de 1962 foi o seu Juramento de Bandeira.
Foi-lhe atribuído o nº 1581 e mais tarde, com a revisão dos números de identificação, passou a ser o nº 7548, que manteve até final da sua carreira na Armada.

Após a recruta, alguns meses depois, ingressou no ITE (Instrução Técnica Elementar), da Escola de Artilharia, donde saiu Grumete Artilheiro Apontador.


Já como 2º Grumete Artilheiro Apontador, embarcou em diversos navios, onde também desempenhava as funções de Sapateiro!

Com algumas horas de navegação ingressou  no 1º Grau da Escola de Artilharia. donde saiu, após seis meses, Grumete Especialista Artilheiro Apontador.
Com o surgimento e evolução rápida de novas tecnologias, os nossos navios iam sendo adaptados às exigências de então. Por esse motivo, foi necessário adaptar também as guarnições a essas transformações. pelo que houve a necessidade de as instruir nas respectivas especialidades. O Johns passou então, na reconversão, a Marinheiro Artilheiro Preditor.

Antes e depois do 1º Grau andou embarcado em diversos navios.

Em 1962, foi destacado para o Navio Hidrográfico João de Lisboa.
Em 1963 foi transferido para o NRP "Nuno Tristão.", tendo seguido em comissão de serviço para a Guiné.
João de Lisboa
 (httpalernavios.blogspot.pt201003joao-de-lisboa.html)
Entre 31/12/64 e 01/01/65, a Nuno Tristão, durante a noite, subia o  Rio Gebadá, a fim de dar apoio a uma Companhia de Militares do Exercito, que se iria aquartelar no interior da Guiné. Durante a viagem foram surpreendidos de terra pelo fogo inimigo!!!  O amigo Johns entrou imediatamente na sua peça de artilharia, situada a meia-nau, para ripostar ao fogo inimigo, que se fez sentir, durante 40 minutos.
NRP "Nuno Tristão
'(httpgurupez.blogspot.pt)


Terminada a comissão de serviço, de dois anos, rumou à Base Naval de Lisboa, onde permaneceu, destacado, durante alguns meses, na Escutaria, tendo a seu cargo todo o armamento ligeiro.

Em princípios de 1967, seguiu com guia de marcha, para integrar a 1ª Guarnição da Fragata João Belo, de comboio, com mais cerca de 60 camaradas, par Nantes-França.

Nos princípios de Abril de 1967, o primeiro grupo, formado pelo Comandante, Imediato, Oficiais, Sargentos e alguns Praças das áreas técnicas e logísticas, chegou a Nantes, embarcado no NRP "S. Cristovão". Este navio (o ex-aviso "Bartolomeu Dias", convertido em "Hotel" flutuante), atracado à muralha quase no centro da cidade, a dois passos dos "Chantiers de l'Átlantique", o estaleiro onde a "João Belo", ainda assente em picadeiros, recebia os últimos acabamentos, seria o seu alojamento durante próximo de três meses até que a fragata estivesse em condições de o acolher. Depois, ao longo desse ano, chegariam em levas sucessivas, de comboio, os restantes elementos da guarnição.

NRP  "S. Cristovão"
('httpgurupez.blogspot.pt)


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

2º ENCONTRO NACIONAL DAS GUARNIÇÕES DA FRAGATA JOÃO BELO F480 (1967 A 2008)

2º ENCONTRO NACIONAL DAS GUARNIÇÕES DA FRAGATA JOÃO BELO F480 (1967 A 2008)





Palestra sobre o nosso Patrono, Cte João Belo





Vice Presidente do Município de Leiria, Dr Gonçalo Lopes-(Foto cedida gentilmente por Ribeiro Silva)











Câmara Municipal de Leiria, 2º Encontro das Guarnições da 

Fragata João Belo 2014.09.27


Que dizer neste Tributo a um vulto da Marinha Portuguesa que também honra Leiria?

A Armada homenageou-o tornando-o patrono de uma fragata e outras iniciativas.


Leiria recorda-o na minha rua de infância, mas ainda falta lembrá-lo mais 

pelo lado humano e pelas conjunturas políticas em que exerceu a sua acção.



Tendo falecido com 51 anos de idade apenas, deixou um rasto de intervenção militar e

política notável, ao ter passado por momentos marcantes da vida da Nação, como a

pacificação de Moçambique no final do séc. XIX, a 1ª República, as campanhas

moçambicanas durante a 1ª Grande Guerra e a queda da 1ª República com a Ditadura 

Militar.

  1. Nasceu a 27 Setembro de 1876, filho de militar, um Tenente Ajudante de Caçadores 6 aqui sediado, António Pedro da Costa Belo, oriundo de Peniche e que havia de chegar à patente de General. A mãe, a srª D. Antónia Júlia de Nazaré vinha de uma família ilustre, os Sousa Castro Nazaré, de Lisboa.Tinha assim, inscrito na sua genética a matriz militar, pois também o avô paterno fora oficial Comandante da praça de Peniche. Por curiosidade, um amigo de infância, nascido também aqui em Leiria e apenas um ano mais velho, Joaquim de Almeida Henriques, seria o grande desafiador para saírem muito cedo de Leiria a caminho da Escola Naval. Almeida Henriques, outro notabilíssimo oficial da Armada, acabaria por ter um percurso diferente de João Belo, no seu envolvimento político e na sua carreira militar. Enquanto João Belo seguia para Moçambique e ali fazia carreira, Almeida Henriques tornou-se num herói da causa republicana e foi o Comandante do 1º submarino português. Possivelmente, pelo menos na década de 20 quando ambos estariam em Lisboa, poderão ter voltado a encontrar-se, mas nada conhecemos sobre qualquer reencontro deste amigos de infância. O que se sabe, está descrito em vária documentação publicada. Em 1893, com 17 anos de idade, ambos se inscreveram na Escola Naval, tendo João Belo, dois anos depois, incorporado a guarnição da corveta “Duque da Terceira” e seguido para Moçambique, onde na região de Gaza, participou nas campanhas de pacificação onde outro quase conterrâneo natural da Batalha, Joaquim Mouzinho de Albuquerque, teve um papel de destaque como se sabe.
  2. Voltou de Moçambique em 1898 e no ano seguinte estava em Leiria, onde casou com 22 anos já como 2º Tenente, no dia 4 de Fevereiro de 1899 com D. Margarida Lopes Rebelo d’Andrade, de 21 anos e oriunda por via paterna de outra família de Lisboa, sendo pai o responsável pela obras públicas do Distrito de Leiria. Por via materna, vinha dos Lopes Vieira e dos Rodrigues Cordeiro, gente ilustre das Cortes, aqui bem perto. No entanto, a vida foi madrasta e dois anos após o casamento, em 1901, João Belo enviuvaria, sem filhos deste casamento.
  3. O destino de saída estava traçado e no ano seguinte rumava novamente a Moçambique onde permaneceria longos anos. O que fez enquanto ali permaneceu, também é conhecido. Voltou a Gaza e ao Limpopo, e em 1909, foi nomeado Administrador do Concelho do Chai-Chai e Chefe da Delegação Marítima de Inhampura. Em 1910 foi encarregado da construção do caminho de ferro de Xai-Xai a Manjacaze. Durante a sua administração foram ainda realizados o levantamento hidrográfico da foz e barra do rio Limpopo, a construção do farol do Inhampura e a Câmara Municipal do Xai-Xai.
  4. Xai-Xai, viria a ser a Vila João Belo até à independência de Moçambique. Já casado em 2ªs núpcias com D. Beatriz Belegarde, de quem viria a ter 4 filhos, entre 1914 e 1918, estava no Niassa dando apoio às expedições de limpeza e resguardo das ofensivas alemãs que nas colónias começaram muito antes de 1916, quando se deu a declaração de guerra entre Portugal e a Alemanha, na Europa. Eram conhecidas as ambições alemãs pelas possessões portuguesas, com objectivo do domínio da África a sul do Equador para se sobrepor à presença inglesa no norte.
  5. As campanhas de Moçambique foram muito duras e quase anónimas durante longos anos, a não ser numa referência ou outra, tanto mais que as tropas idas da Metrópole iam mal armadas e com uma retaguarda demasiado desguarnecida. João Belo ali esteve, tendo merecido a comenda da Ordem Militar de Avis, ao tempo do um Ministro das Colónias também conterrâneo e quase da mesma idade, João Soares.
  6. Depois da guerra voltou a Gaza como Chefe do Departamento Marítimo e veio a fazer carreira na Administração Colonial até 1925. Não só estaria desiludido com a política ultramarina republicana, como a própria república abrira sequelas, com a intervenção na guerra, difíceis de sanar.
  7. A 25 de Maio de 1925 foi feito Comendador da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, mas de regresso a Portugal, integrou a Direcção dos Serviços de Hidrografia e Navegação.
  8. Como muitos republicanos desiludidos, juntou-se ao movimento do 28 de Maio tendo em 9 Julho de 1926 sido nomeado Ministro das Colónias, ao tempo de um outro oficial da Armada, Filomeno Cabral, quando este substituiu Salazar numa fugaz primeira passagem que teve pela pasta das Finanças. Era este um Ministério chave do novo regime, para contenção de verbas e para controlo de toda a ação política. A consonância dos restantes Ministérios com as Finanças passou a ser cada vez mais um aspeto incontornável. Filomeno Cabral também não se manteria por muito tempo e até 1928 a agitação política continuou a ser grande. No entanto, João Belo manteve-se até 28 de Novembro de 1927, altura em que saiu já debilitado, não deixando de ter, entretanto, acumulado por pouco tempo e como interino a pasta da Marinha. Em pouco mais de um ano em maré política turbulenta, acabou por demonstrar uma ação política notável
  9. Conhecedor das colónias e de todos os problemas que as afetavam, pouco defensor da política tendencialmente descentralizadora republicana, não só pelos receios de demasiada autonomia como pelos custos inerentes a um desenvolvimentismo não controlado pela Metrópole, apesar da grande bandeira republicana ser a ação de Norton de Matos em Angola. Mesmo assim, no dizer do Prof. Nuno Sotto Mayor Ferrão, as Bases Orgânicas da Administração Colonial de 1926 incrementadas pelo Ministro João Belo, procuravam assegurar o  que era fundamental conciliar na eficiência do sistema com o princípio republicano de descentralização administrativa. Deste modo, apesar de acusado por muitos de uma política centralizadora, propôs que fossem implementados alguns princípios da descentralização e da autonomia financeira das colónias, embora se devesse aplicar, para salvaguardar a eficácia do sistema, o preceito de rigorosa superintendência e de fiscalização pela metrópole. João Belo criou ainda os bancos emissores de Angola e de Moçambique e o Conselho Superior das Colónias e reorganizou a Escola Superior Colonial de Lisboa. Para além da Comenda de Avis, recebeu a de Valor Militar e a Torre e Espada.
  10. Todavia, faleceu cedo, em Lisboa, a 3 de Janeiro de 1928, com o posto de Capitão de Fragata, tendo sido homenageado com as devidas honras militares. Está sepultado no cemitério do Alto de S. João, tendo a Câmara de Leiria contribuído para o mausoléu, na altura com um conto de reis. Ainda nesse ano, deliberou atribuir o seu nome a uma rua do centro da cidade, num quarteirão onde a toponímia dá a primazia a nomes republicanos. A rua Comandante João Belo, hoje secundária, era na altura uma das ruas centrais e fica perto da Rua Comandante Almeida Henriques. Tão perto mas com percursos diferentes. No entanto, ambos brilhantes.
  • Texto do Historiador Dr Acácio de Sousa
  • Leiria, 27 de Setembro de 2014. ( 138º Aniversário do nascimento do nosso Patrono Cte João Belo)


















Dr Gonçalo Lopes, dá as boas vindas

Assistência atenta às boas vindas dadas pelo Senhor
                                      Vice Presidente do Município de Leiria, Dr Gonçalo Lopes,
                           no Salão Nobre daquele Município



Professor de Educação Física e ex Tenente da Marinha, Nuno Bello. neto do nosso Patrono, Cte João Belo,  a ser cumprimentado pelo Sr. Vice Presidente do Município de Leiria, Dr Gonçalo Lopes
                                         
Grupo, seus familiares e amigos

Alguns dos elementos presentes, da 1ª Guarnição








                                                           








quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

ANIVERSÁRIO DO BLOG




SEGUNDO ANIVERSÁRIO DO BLOG  DA NRP "CTE JOÃO BELO"-F480



Estimados visitantes, faz hoje precisamente dois anos que o blog da Fragata Comandante João Belo, se encontra ao serviço da comunidade mundial, com 26.191 visitantes. Em 20/02/2012, este blog foi visitado por 10.441 pessoas.
Graças ao contributo de alguns amigos, este blog  tem melhorado no seu conteúdo e qualidade.
A todos quantos contribuíram  para o melhoramento deste espaço os meus sinceros agradecimentos.

O nome desta Fragata, está a ser divulgado em diversos espaços da Web.
No Facebook - Mural, Fragata João Belo, Página, Fragata João Belo-F480 e Grupo- Ex-Guarnições da  Fragata Cte João Belo-F480.
No Twitter - Fragata_JB
Obrigado também aos comentadores.
Antonio da Silva Martins 



Trabalho efectuado por um jovem colaborador, estudante do
Ensino Secundário
João Silva - Fafe (Portugal)

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

INÍCIO DA PRIMEIRA COMISSÃO DE SERVIÇO NO ULTRAMAR



FRAGATA JOÃO BELO - INÍCIO DA 1ª  COMISSÃO AO ULTRAMAR


SAÍDA DE LISBOA DA "JOÃO BELO",  RUMO AO ULTRAMAR
(Foto do nosso camarada GARCIA)



VARIAS VISTAS DE LISBOA (1968)



RUMO A CABO VERDE ( MINDELO-ILHA DE S.VICENTE)

 (PONTE SOBRE O TEJO) - PONTE 25 DE ABRIL)
1968
Saímos de Lisboa no dia 20 de Dezembro de 1968, seguimos rapidamente para  S. Vicente, em  Cabo Verde, onde atracámos em 24 de Dezembro de manhã, para reabastecer e festejar o Natal. A festa não foi um sucesso porque o espaço era pouco e a gente muita! Transportávamos de Lisboa, uma Companhia de Fuzileiros, o que representava um excesso de 140 homens, numa guarnição de 200. Lá nos acomodá-mos todos na tolda conforme pudemos e, como a comissão estava a começar e a disposição era boa, sempre se comeu bem e bebeu melhor, em pé ou sentado num pé quadrado de lenço de assoar. E no dia 25 "disparamos" rumo a Luanda, onde fomos festejar a passagem de ano e desembarcar os Fuzileiros ( 8ª Companhia). São bons rapazes mas não sabem viver tanto tempo a bordo, em especial nas condições em que necessariamente vinham, e particularmente com balanço!
Sendo o primeiro dos nossos navios desta classe que visitava portos do hemisfério Sul, a presença da "João Belo" despertou um certo movimento de curiosidade. Fomos visitados pelas primeiras e segundas figuras da província e pelos órgãos de informação.
 (In Anais do Clube Militar Naval)
 Por Leonel Crdoso Cap-frag.




DIÁRIO DE NOTÍCIAS DE 24/12/1968 (Página 4)
                  (Texto da notícia do Diário de Notícias, transcrito na integra.)


PARTIDA
DE UNIDADES MILITARES DA ARMADA PARA O ULTRAMAR

DIÁRIO DE NOTÍCIAS DE 24/12/1968 (Página 4)

A bordo da fragata "Comandante João Belo" partiu no passado fim de semana com destino ao Ultramar a Companhia nº 8 de Fuzileiros composta por 4 oficiais, 14 sargentos e 137 praças, que ali vão cumprir a sua comissão de serviço.
A fragata "Comandante João Belo", do comando do capitão-de-fragata Leonel Cardoso, é o primeiro navio do tipo " Comandant Reviére", construído em França e fazendo parte do programa em realização, de renovação da Armada, destinado a estacionar nas nossas províncias ultramarinas em comissão normal de serviço. A sua  guarnição é de 14 oficiais, 30 sargentos e 156 praças.
A apresentar  cumprimentos de despedida, em nome do Ministro da Marinha e do Chefe do Estado-Maior da Armada, deslocou-se a bordo o Comodoro Jaime Lopes.


NOTA: - Nesta época, devido ao secretismo e censura  do Governo, as notícias, não eram dadas em tempo real, daí esta comunicação ter sido publicada neste jornal, já a Fragata Comandante João Belo, se encontrava em Cabo Verde, Ilha de S. Vicente, Cidade do Mindelo. 


Também transportava-mos uma Companhia de Fuzileiros!




SÃO VICENTE
Porto Grande do Mindelo, na Ilha de São Vicente-Cabo Verde
1968
São Vicente - Paisagem do interior - 1968

Cidade do Mindelo, Ilha de S.Vicente de Cabo Verde
(1968)




RUMO A LUANDA


Foto do blogue "Guerra Colonial"




Em 25 de Dezembro/68, zarpamos do porto do Mindelo, Ilha de São Vicente, rumo a Luanda, onde atracá-mos no dia 31/12/68, permanecendo nesta cidade até ao dia 3/1/1969, data em que zarpamos, par Lourenço Marques. Não consegui fotos, porque o tempo da estadia em Luanda, foi muito curto.

Quem já conhecia Luanda, ficou surpreendido por tão grande crescimento.

Quem não conhecia, surpreendido ficou ao verificar que Luanda estava muito mais desenvolvida que grandes cidades do Continente (Portugal).



Luanda-Angola - 1968




A NRP "COMANDANTE JOÃO BELO" PASSA A LINHA DO EQUADOR, PELA PRIMEIRA VEZ


INFELIZMENTE ATÉ ESTA DATA, NÃO CONSEGUI NENHUMA FOTO DO EVENTO, REALIZADO A BORO DA FRAGATA COMANDANTE JOÃO BELO. MAS POR OUTRO LADO, TIVE A SORTE DE CONSEGUIR UMA FILMAGEM, EXECUTADA PELO  SENHOR ENGº DE MÁQUINAS, ANTÓNIO NEVES DE CARVALHO, NA ALTURA 1º TENENTE, A QUEM FICO MUITO GRATO PELA CEDÊNCIA DESTA FILMAGEM DE 1968, A QUAL PASSO A PUBLICAR, APESAR DA SUA POUCA QUALIDADE, DEVIDO AO SEU TEMPO DE VIDA, E AO TIPO DE MATERIAL EXISTENTE NA ÉPOCA.

NOTA:- Já apareceu uma foto e promessas de mais, por filhos de ex-camaradas da 1ª Guarnição da Fragata João Belo.
Obrigado aos amigos deste blogue que estão a contribuir para melhorar a informação posta à disposição dos leitores.





FESTA DO REI DOS MARES A BORDO DA FRAGATA JOÃO BELO

Em 1968


(Foto recebida hoje 08/06/2012)

Esta foto, foi gentilmente cedida por Jorge Santos, filho do  camarada da 1ª

Guarnição, Aníbal Raimundo Gomes dos Santos - cabo F , principal figura da foto.

(Já falecido)


FESTA DO REI DOS MARES


NA ROTA ENTRE  S. VICENTE (CABO VERDE) E LUANDA, A FRAGATA JOÃO BELO TEVE QUE ATRAVESSAR, A LINHA DO EQUADOR, PRÓXIMO DE S.TOMÉ E PRÍNCIPE.COMO SEMPRE ACONTECE NESTES CASOS DA TRAVESSIA DA LINHA DO EQUADOR, REALIZA-SE UMA CERIMÓNIA CONHECIDA COMO "FESTA DO REI DOS MARES" (REI NEPTUNO).
O PRIMEIRO A ENFRENTAR O TRIBUNAL DE NEPTUNO, É O COMANDANTE DO
NAVIO,  É DEPOSTO PELO GRUMETE MAIS MODERNO (O MAIS MARRETA) E LEVADO A JULGAMENTO POR INVASÃO DO "REINO DE NEPTUNO".
 OS MEMBROS DA GUARNIÇÃO, OFICIAIS, SARGENTOS OU PRAÇAS, QUE PELA 1ª VEZ PASSAM O EQUADOR, TÊM QUE ENFRENTAR UM TRIBUNAL E A SENTENÇA SERÁ EXECUTADA EM PARTE PELOS "CARRASCOS", ENCAPUÇADOS, QUE SE ENCONTRAM DENTRO DE UMA TINA CHEIA DE AGUA, ONDE OS CONDENADOS IRÃO SER MERGULHADOS ATÉ BEBER UNS  "PIROLITOS" VALENTES.



FESTA DO REI DOS MARES A BORDO DA NRP "COMANDANTE JOÃO BELO"  EM 1999


A FRAGATA JOÃO BELO, NAVEGANDO RUMO AO RIO DE JANEIRO
FESTA DO REI DOS MARES - PASSAGEM PELO EQUADOR.
(Fonte - Mural da Fragata João Belo no Facebook.
 Publicação de JOSÉ ANTÓNIO ALMEIDA)


A FRAGATA CTE JOÃO BELO COM O RIO DE JANEIRO À VISTA,
 ONDE FOI ATRACAR.
(FONTE - Mural do Facebook da Fragata João Belo)
Publicação de José António Almeida


NOTA DO BLOGUER:- COMO NÃO SE CONSEGUIRAM AS FOTOS DESEJADAS, CONTACTOU-SE, VIA E-MAIL, OUTROS ESPAÇOS, PARA NOS DISPONIBILIZAREM AS SUAS FOTOS RELACIONADAS COM A REFERIDA FESTA, PARA DAR UMA IDEIA AOS LEITORES DESTE BLOGUE, COMO SE FESTEJA ESTE EVENTO, A BORDO DOS NAVIOS DE GUERRA PORTUGUESES.
A FRAGATA JOÃO BELO, AGRADECE A RECEPTIVIDADE DO BLOGUE "SAILORES NEWS", QUE PRONTAMENTE RESPONDEU AO APELO, PONDO À NOSSA DISPOSIÇÃO, O QUE DESEJAVA-MOS.
TODAS AS FOTOS COLORIDAS E PARTE DO TEXTO APRESENTADOS NESTA PUBLICAÇÃO, FORAM GENTILMENTE CEDIDAS POR "SAILORS NEWS" (http://missaonato09.blogspot.pt/)
Fotos: Carlos Dias (SPRS)
                                              




Eram 10h57, locais (-4 em Portugal Continental), quando cruzá-mos o Equador
Como manda a tradição, o/a Grumete mais moderna (Marreta) de bordo (neste caso a TFD Jesus), foi para o Castelo do Navio, à procura da tão famosa Linha do Equador!!!
 (Por favor não tornem a barrar esta foto, que está devidamente autorizada pela fonte supra-citada)
Avista a Linha, foi o momento de a cortar e assim estava consumada
 a passagem para o Hemisfério Sul.
 De seguida foi tempo de a Grumete Jesus assumir o Comando da "Barca" 
e levar até então o Comandante a julgamento, perante o Rei Neptuno.
 (Por favor não tornem a barrar esta foto, que está devidamente autorizada pela fonte supra-citada)


E assim, além do Comandante, toda a Guarnição (Oficiais, Sargentos e Praças) como a
foto demonstra, foi julgado pelo Tribunal de Neptuno, sendo severamente punidos,
com toda a espécie de castigos possíveis e imaginários, terminando na tina (tanque improvisado na popa do navio, feito com lona e madeira), para serem purificados de tal ousadia.



Por fim Neptuno abandonou a "Barca" com o dever de missão cumprido, ficando para recordação a foto do seu séquito, que mais uma vez honrou a verdadeira tradição marítima, ao invés de outros que antes por aqui passaram.
 (Por favor não tornem a barrar esta foto, que está devidamente autorizada pela fonte supra-citada)
-
Mas antes da tomada de posse, fez-se ouvir o poderoso Rei Neptuno.
O Rei dos Mares, falou alto e em bom som: - Oh infiéis, oh devassos, 
como ousam entrar no meu reino, sem a minha régia autorização(........),
 terá que ser julgado e pagar por tal ofensa.




OS FESTEJOS ACABADOS DE DESCREVER, FORAM PASSADOS
NESTE BELO VASO DE GUERRA  DA NOSSA ARMADA
NRP "ALVARES CABRAL" F331 (Missão Nato 2009)

FOTOS: - Carlos Dias (SPRS)



A FESTA DO REI DOS MARES NOUTRO NAVIO DA MARINHA DE GUERRA PORTUGUESA


FOTOS DE OUTRA FESTA DO REI DOS MARES, REALIZADA A BORDO DE UMA FRAGATA DA "CLASSE JOÃO BELO" A  NRP "COMANDANTE ROBERTO IVENS"-F482


NRP "COMANDANTE ROBERTO IVENS"
Fonte:-"barcoavista.blogspot.com)


NOTA:- TODAS AS FOTOS APRESENTADAS NESTE ITEM, 
TÊM COMO FONTE O BLOGUE (filhosdaescola73.blogspot.com)


O COMANDANTE DO NAVIO PERANTE O TRIBUNAL DE NEPTUNO
A BORDO DA F482


Festa do Rei dos Mares a bordo da F482


Tribunal de Neptuno






RUMO A LOURENÇO MARQUES - MOÇAMBIQUE

 No dia 03 de Janeiro de 1969, deixámos o seu belo porto a caminho de Lourenço Marques, onde chegá-mos no dia 09, tendo-nos o "Cabo" (Cabo das Tormentas) tratado bastante bem, quando se navegava a sul da África do Sul!
Integrados nas forças do Comando Naval de Moçambique, desde 06 de de Janeiro, 25 dias depois de largar de Lisboa a "FRABELO" encontrava-se a desempenhar a sua primeira missão, da comissão que lhe estava destinada, na BEIRA, tendo zarpado de Lourenço Marques, em 11 de Janeiro. ( a sua 1ª curta missão, foi o transporte de Fuzileiros para Bissau-Guiné, em 1967).

A FRAGATA JOÃO BELO EM AGUAS MOÇAMBICANAS-1969

( Foto gentilmente cedida por António Moleiro)





CHEGADA A LOURENÇO MARQUES - MOÇAMBIQUE
(09/01/1969)

Lourenço Marques-Cidade Baixa e Matola
1969

A  FRAGATA JOÃO  BELO, NA FOTO ACIMA APRESENTADA, 
ENCONTRA-SE
ATRACADA, NO PORTO DE LOURENÇO MARQUES, EM FRENTE
 À UNIVERSIDADE DE LOURENÇO MARQUES


NOTA: - ESTA UNIVERSIDADE, FOI CRIADA EM 1962, COM A DESIGNAÇÃO DE "ESTUDOS GERAIS UNIVERSITÁRIOS DE MOÇAMBIQUE". ADQUIRIU O ESTATUTO DE UNIVERSIDADE DE LOURENÇO MARQUES, EM 1968.
APÓS A INDEPENDÊNCIA DE MOÇAMBIQUE, FOI REBAPTIZADA DE  "EDUARDO CHIVAMBO  MONDLANE".



Vista aérea da Cidade de Lourenço Marques e Cais
(1969)









Lourenço Marques-Vista parcial da cidade.

Cerimónia de transferência das fragatas da classe João Belo

Crédito:-  #marinhaportuguesa     https://youtu.be/CT6AobEi6IY