terça-feira, 10 de maio de 2011

O Livro "Os Submarinos na Marinha Portuguesa"


FRAGATA JOÃO BELO - PRESENTE


( APRESENTAÇÃO DO LIVRO, EM ÍLHAVO)


BLOGUE - 10/05/2011

Foi com grande prazer que assisti hoje no Museu Marítimo de Ílhavo, à Apresentação da 3ª. Edição do Livro "Os Submarinos na Marinha Portuguesa" e cuja apresentação esteve a cargo do Vice-Almirande Tito Cerqueira com a presença do Contra-Almirante Álvaro Rodrigues Gaspar, o Vice Almirante Henrique da Fonseca, o Eng. Ribau Esteves Presidente da Câmara Municipal de Ilhavo e o Professor Dr. Armando Teixeira Carneiro do ISCIA – Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração de Aveiro, cujo DETMAR patrocinou o evento.

 http://www.portosdeportugal.pt/sartigo/index.php?x=5132

 "Trata-se de um clássico, de um livro publicado em 1972, onde é relatada a história da nossa arma submarina a par de episódios da navegação e da guerra submarina em geral e onde nos é dado o seu enquadramento histórico na vida nacional. É um texto muito interessante, que se lê com rapidez e agrado, ilustrado com numerosas fotografias, algumas muito curiosas, e onde estão repositadas tantas vivências, que já são História e que em nossa opinião merecem ser de novo publicadas e publicitadas, sobretudo num tempo em que tanto se fala sobre a oportunidade da aquisição destas unidades./..."



Conversa amena, com o Sr Alm. Tito Cerqueira. (Na foto, elementos do Nucleo de Marinheiros da Armada de Aveiro e o Martins (Ex-Radarista da Fragata João Belo, 1ª Guarnição).

( À equipam que controla os Blogs, agradeço que reponham esta foto, 
porque a mesma é propriedade do autor deste artigo!!!) 


Conversando com um ILHAVENSE, Sr ALM.  Tito Cerqueira.
Em conversa com o Vice Almirante Henrique da Fonseca
Falando do passado com o Sr ALM. Henrique da Fonseca, quando era Tenente na NRP "Cte João Belo" (1ª Guarnição)
A chegada do Sr Presidente da Camara de Ilhavo, RIBAU ESTEVES.
Mesa com os elementos de Honra na apresentação do livro.
Despedida.
NRP "DELFIM" (S 166)


NOTA DE DESTAQUE :- Este blogue, que fez a cobertura deste evento, foi o primeiro na sua divulgação a 
nível Mundial, com a amiga colaboradora  ANA PAULA DOS SANTOS LOURENÇO, natural de Ílhavo.



Diário de Aveiro, (15/5/2011)


segunda-feira, 2 de maio de 2011

ADEUS MACAU



FRAGATA JOÃO BELO - ZARPOU DE MACAU, RUMO A TIMOR


Após 11 dias de estadia em Macau, zarpamos rumo a Timor, em 25 de Março de 1970,
fazendo escala em Hong Kong, para reabastecimento, donde saímos no dia seguinte.
A bordo da fragata, na saleta da terceira coberta, testando as aparelhagens compradas em Macau. Na fotografia observa-se o contentamento e a admiração pelos artigos adquiridos!

FRAGATA JOÃO BELO – Passeios livres e compras


FRAGATA JOÃO BELO - PERMANECE EM MACAU


(PASSEIO PARA COMPRAS SEM CICERONE!)


Vista interior do Canidromo.
Vista exterior do Canidromo ( Entrada  Principal).




Terminadas as cerimonias a que tivemos de assistir, houve mais tempo livre para toda a guarnição dar uma olhadela nas ruas e vielas de Macau, para apreciar os artigos que pensava comprar. Os que possuíam a lista de  compras elaborada, enquanto iam apreciando os artigos, anotavam os preços e respectivo local onde os poderiam adquirir.

Deparamo-nos com uma grande dificuldade quando queríamos comunicar com os comerciantes locais. Ninguém falava português ou inglês. Somente se expressavam na língua local (Cantonês).

Devido a estas dificuldades, foi-nos disponibilizado uma intérprete, com cerca de doze anitos, filha de um Sargento do continente, a prestar comissão de serviço na nossa Armada local. Coordenaram-se os dias destinados às compras com a disponibilidade da intérprete, que se fazia acompanhar de um familiar, sempre que saía connosco. A menina e o seu familiar estiveram praticamente, metade da nossa estadia em Macau, por conta da Fragata Cte João Belo.

Honra seja feita a essa menina e seus familiares, que connosco colaboraram, sem demonstrar qualquer saturação.

Após o jantar, a guarnição tornava a sair, na sua maioria para a vida nocturna.

Macau à noite era encantador. Não estávamos habituados a ver tanto movimento e tanta cor. As ruas ficaram ainda mais coloridas quando os jovens marinheiros portugueses, vestidos de branco, se espalharam por toda a área, vagueando por ruas e travessas, entrando e saindo dos bares.

Nos passeios diurnos assisti pela primeira vez, à corrida de “galgos” no Canidromo local, onde se apostava nos cães que eram exibidos com o seu número no dorso.

A corrida constava de: um canil, com diversos cães galgos, separados entre si e uma lebre artificial, conduzida electricamente, ligada a um carril por onde se movimentava, com os cães a persegui-la. Dada a partida, as portas do canil abriam-se automaticamente, a lebre começava a fugir à frente dos cães, que a perseguiam até cortarem a meta.

A vida e os costumes locais, eram totalmente diferentes dos que estávamos habituados no nosso país, o que nos deixou bastante surpreendidos.


FRAGATA JOÃO BELO – Passeio turístico com cicerone






 FRAGATA JOÃO BELO - ATRACADA EM MACAU



PASSEIO COM CICERONE



Residence of  Dr. Sun  Yet Sen.
The front view of  the famous temple "Kun Yum" or  "Godedess of Mercy".
VASCO DA GAMA.   Monumento "The Discoverer of The Rout To India."




Penso que foi no segundo dia da nossa chegada que o Governo Civil de Macau, nos ofereceu um passeio com guia, de autocarro, pela cidade de Santo Nome de Deus e outros locais.

O cicerone, não era português. Provavelmente seria ocidental e fazia-se entender com facilidade na nossa língua, em todas as suas explicações.

Fizemos paragens, em fortalezas, templos, monumento ao Vasco da Gama, Ruínas de São Paulo e Porta do Cerco (fronteira) e outros locais.

Entre a fronteira chinesa e Macau, havia um espaço com cerca de 50 metros para o lado de Macau, designado na altura como terras de ninguém, onde se encontrava implantada uma pequena unidade da PSP.

Todos os turistas ficavam aquém das Portas do Cerco (os tais 50 metros). Não podiam ser portadores, naquela zona, de qualquer máquina de filmar, gravar ou fotografar.

Alguns marujos, não resistiram a essa proibição, levando consigo, ao tiracolo, as suas novas máquinas fotográficas, com a finalidade de poderem vir a ficar com uma recordação das Portas do Cerco (fronteira). Logo que a PSP os avistou, convidou-os de imediato a recolherem as respectivas máquinas, no autocarro. Dali seguimos para a Fortaleza da Guia, onde se situava também a Capela da Guia e o Farol. Daquele local podia-se avistar parte de Macau, uma zona de água e as Portas do Cerco.

O cicerone informou-nos que os chineses que queriam dar o “salto”, para Macau, muitas vezes, faziam-no sob a água, respirando por uma cana de bambu. Essas águas, além de serem bastante turvas, eram patrulhadas com frequência pelas lanchas chinesas.

Dizia o cicerone, quando nos indicou um bairro altamente degradado, onde viviam os refugiados chineses que conseguiam escapar à vigilância dos soldados, por terra ou por mar. Comentou ainda que os chineses diziam que do lado da China era o paraíso e que do lado de Macau era o inferno. No entanto nunca ninguém fugia do inferno para o paraíso!!!...

FRAGATA JOÃO BELO - Primeiro dia em Macau



FRAGATA JOÃO BELO - Primeiro dia em Macau


Foto e notícia do Jornal Diário de Notícias de 24/03/1970
Fragata João Belo, prepara-se para atracar no Porto Exterior de Macau.



Durante o percurso de Hong-Kong, para Macau, toda a guarnição andava num frenesim constante, a falar nas compras que iria fazer.

Como se sabia, em Macau era tudo mais barato e diversificado.

Os artigos mais procurados eram os seguintes: serviços de porcelana, de jantar e de chá, máquinas de costura eléctricas com muitas funções, aparelhagens de som estereofónicas, com grandes bobines de fita magnética (AKAY), máquinas de filmar, com bobine de fita, máquinas fotográficas, rádios e gira-discos, rádios tipo móvel de sala, etc, etc.

Logo que terminou a faina de atracação, seguiu-se a recepção ao senhor governador Nobre de Carvalho e a outras altas individualidades de Macau.

Findas as cerimónias de boas-vindas, a guarnição que não estava em serviço de escala, preparou-se para a formatura de saída.

Durante a formatura, ouvia-mos a palestra do oficial de dia, avisando dos perigos das doenças venéreas e para não nos esquecermos dos avisos constantes feitos pelo comandante, durante a viagem, dos cuidados a ter na vida nocturna. 
Quem tivesse a ideia de ir às “meninas”, devia pedir que lhe fosse exibido o cartão de sanidade (blue card).

Outras prevenções eram recomendadas, aliás, obrigatórias, para todos os que saíam, deviam fazer-se acompanhar de um pequeno frasco com sabão anti-séptico(444), que era distribuído pelo médico ou enfermeiro de bordo. Esse produto servia para quem tivesse relações sexuais, ser utilizado na lavagem, como prevenção de qualquer contágio de doenças venéreas. Quem não seguisse as regras e tivesse o azar de ser contagiado, era castigado disciplinarmente.

Sem dúvida, que a Marinha de Guerra Portuguesa, era uma grande escola. Particularmente para miúdos como eu, com apenas 17 e 18 anos, foi a Universidade da Vida.

Por - Antonio da Silva Martins

domingo, 17 de abril de 2011

SAVANE - O mascote da Fragata João Belo


FRAGATA JOÃO BELO - OS SEUS MASCOTES, "GAZELA" E "SAVANE"


Este vídeo refere-se a um episódio ocorrido no final da década de 1960 com o mascote da Fragata João Belo, de nome "SAVANE", e  foi escrito pelo Tenente Engenheiro Neves de Carvalho para o programa da Antena 1 "História Devida", e lido aos microfones dessa emissora pelo artista de teatro Miguel Guilherme, é sem dúvida uma história verídica muito emocionante!



    AUDIO-contando em português o que se passou com o nosso
Mascote "SAVANE" 
(Clic em cima da foto)                                                              






Cidade da Beira - Moçambique 1969


Cidade da Beira - Moçambique  1969


GAZELA: - A 1ª Mascote da Fragata João Belo.
( Moçambique, 1969)









quarta-feira, 6 de abril de 2011

João Belo (1876-1928) | Instituto Hidrográfico

COMANDANTE JOÃO BELO - PARTE DA SUA VIDA COMO MILITAR E POLÍTICO



Foi a este grande “Marinheiro”, que a Marinha  de Guerra  Portuguesa, quis Homenagear, ao atribuir o seu nome à 1ª Fragata (da classe Cte Rivière),


Foram encomendadas 4 Fragatas do mesmo tipo.

- NRP "Comandante João Belo - F480 (CTFR - FRABELO)

-NRP "Hermenegildo  Capelo" -  F481 (CTFS - FRACAPELO)

-NRP " Roberto Ivens" - F482 - (CTFT - FRAIVENS)

-NRP"Sacadura Cabral" - F483 - (CTFU - FRADURA)         




COMANDANTE JOÃO BELO
Fonte:- Revista da Armada
(Trabalho elaborado por Francisco Santos)



Acedam ao Link abaixo indicado:

João Belo (1876-1928) | Instituto Hidrográfico


                               






JOÃO BELO - Portugal de outrora e de hoje
( Pintura em prato cerâmico)



CORTESIA  ( RODA VIVA  jornal) AROUCA. -   UM DESPACHO, DOIS EXEMPLOS -

OPINIÃO:- Se todos os ministros procedessem com o mesmo zelo e respeito pelos dinheiros do Estado, o País nunca teria chegado à situação
desesperada em que se encontra.


JOÃO BELO, Oficial da  Marinha, natural de Leiria, nascido a 27 de Setembro de 1876, embarcou para Moçambique em 1895 como Guarda-Marinha e por lá andou durante 29 anos, ao longo dos quais desempenhou as mais diversas funções.
Companheiro de Mouzinho de Albuquerque, colaborou activamente com Brito Camacho, que em fins de 1921 foi nomeado Alto Comissário para a República naquela antiga colónia portuguesa, tendo conquistado grande prestígio entre as populações de quem era conhecido como Régulo de Gaza.
Chamado a exercer as funções de Ministro das Colónias, faleceu em 2 de Janeiro de 1928, em  pleno exercício da sua actividade e após uma carreira toda dedicada ao serviço da  Pátria, que lhe atribuiu diversas condecorações, de entre as quais a Torre e Espada.
Algum tempo após a sua morte, o filho, Dr. António Belo, ofereceu ao Arquivo Histórico de Moçambique um conjunto de documentos, de entre os quais a cópia autografada de um despacho, em papel timbrado do Ministério das Colónias - Gabinete do Ministro - que reza assim: " Reconsidero o meu despacho de 14 de Julho findo pelo qual mandei adquirir 5000 (cinco mil) exemplares do livro " Uma Viagem Através das Colónias Portugueseas", anulando-o; mas "Como produziu todos os seus efeitos e está portanto liquidada a importância de 31.250$00 (trinta e um mil duzentos e cinquenta escudos), determino que nos vencimentos do actual  Ministro JOÃO BELO, seja descontada mensalmente a importância de 500$00 (quinhentos escudos) e quando deixar esse cargo passe ao máximo de desconto até completo pagamento da  importância autorizada e que dei causa por um despacho irrefletido que sou o primeiro a considerar ilegítimo". "Cumpra-se 31-8-1926." "ass, João Belo.
O livro escrito por Augusto Gonçalves de Morais de Castro e António Ferreira Cardoso, foi prefaciado pelo Almirante Ernesto Vasconcelos, mas nem isso impediu que o Ministro e Comandante de Fragata João Belo, lavrasse este despacho exemplar, que devia estar emoldurado em cima  da secretária de trabalho de todos os ministros e decisores políticos deste país para memória e exemplo de responsabildade e ética democrática.
Se assim fosse e todos os ministros procedessem com o mesmo zelo e respeito pelos dinheiros do Estado, e tivessem tido a coragem e a dignidade de reconhecer os seus erros, respondendo por eles, o País nunca teria chegado à situação desesperada em que se encontra.
Infelizmente não foi assim, mas não deixa de ser consolador reconhecer e recordar a estatura de um ministro e de um Homem que foi um cidadão exemplar.
E já que de exemplos e de Carácter se falou, neste tempo difícil que Portugal atravessa e um novo Governo promete resgatar do atoleiro em que mais uma vez mergulhou, é bom recordar mais um exemplo, de entre os muitos que uma longa História de séculos nos dá.
Henrique Paiva Couceiro, que também pelas antigas colónias se cobriu de glória e o Comissário Régio António Enes, considerava "o seu Roldão" (aludindo a um dos Doze Pares de Carlos Magno), também ele nos deixou, em fim de uma carreira de glória, um desabafo que encerra toda uma lição de vida e de Carácter:- " Se soubessem o trabalho que eu tive toda a vida para ficar pobre!" Quando agora tantos ficam ricos sem  trabalho nenhum  e a justiça que temos não consegue descobrir de onde lhes veio a riqueza, isentando-os de suspeitas ou remetendo-os à  cadeia, é bom recordar estes exemplos para que os sacrificios que nos são pedidos não sejam de todos  em vão.
O Governo agora empossado  e que nos promete combater a corrupção, o clientelismo e o despredício, como todos os outros antes dele já fizeram sem resultados apreciáveis, tem à sua frente uma tarefa gigantesca. Não apenas para resgatar o prestígio do país no concerto das nações mas, acima de tudo, para o tornar mais limpo e recomdável.

Por:- Elísio Azevedo.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

BARCO À VISTA: TESTEMUNHO HISTÓRICO DE UMA COMISSÃO EM MACAU



Testemunho de uma Comissão em Macau: 





BARCO À VISTA
http://barcoavista.blogspot.com/2010/11/testemunho-historico-de-uma-comissao-em.html




UAM - 202 "LORCHA MACAU"
(publicação de 06/07/2012)


LORCHA (Embarcação ligeira chinesa) "long-chuen"


LORCHA=Embarcação ligeira chinesa
UAM=Unidade Auxiliar da Marinha. Podem ser tripuladas por pessoal militar, militarizado ou civil.
NRP = Navio da República Portuguesa, que só podem ser tripulados por militares da Armada.

Este navio é uma replica de uma lorcha macaense, utilizadas em 1589/1592, construída em Macau, pela Marinha Portuguesa, em 1986.
Depois do seu lançamento à água navegou rumo ao Japão, para participar no Festival Espingarda, na Ilha Tasnegashima, onde todos os anos se comemora a chegada dos portugueses ao Japão.
Visitou ainda os portos de Kagoshima, Nagasaki e Omura. Até 1998, fez diversas viagens no mar da China até à Coreia, Singapura etc.

Em 1998 rumou a Lisboa, para participar na EXPO 98.
Terminada a EXPO 98, este navio foi doado à "APORVELA" e mais tarde transitou para a Fundação Oriente (FO).

CARACTERÍSTICAS:
Construção - Macau 1986 (Deduzo que esta data teria sido a do acordo do início da sua construção)!
Comprimento - 26,52 m
Boca - 6,6 m
Calado - 3 m
Tripulação - 10
Patrono - Macau


Fonte: - 
WIKIPÉDIA

A SITUAÇÃO, NESTE MOMENTO, DA LORCHA MACAU



(http://hojemacau.com.mo/?p=30167)




Por Andreia Sofia Silva | 9 Mar 2012 

(Foto de António da Silva Martins)
Em 1988, as Oficinas Navais de Macau decidiram recriar pedaços da história dos mares de Macau, ao construir a Lorcha de Macau, réplica das antigas embarcações de madeira que navegavam pela China (ver caixa). Anos depois, foi cedida à Expo 98, tendo posteriormente passado para as mãos da Fundação Oriente (FO).
Actualmente a réplica encontra-se atracada na Marina de Portimão, em estado degradado, estando disponível para venda, pela quantia de MOP 1 milhão (95 mil euros). O anúncio foi colocado a semana passada e pode ser visualizado na internet, estando o negócio a cargo da empresa BlueWater Algarve, empresa correctora de barcos.

O Hoje Macau fez-se passar por um cliente. Do outro lado da linha, confirmaram que se trata da mesma embarcação de cariz histórico, e que o preço está baixo dado o grau de degradação. “O barco praticamente foi abandonado. Está em bastante mau estado e precisa de muito trabalho, por isso é que o preço está assim baixo. Pode ir para a água, mas necessita de reparação.”
A confidencialidade não permitiu revelar o nome do proprietário da embarcação, mas a responsável da BlueWater Algarve adiantou que se trata de “um dono particular”. “Provavelmente o dono do barco está sem dinheiro e o barco foi-se degradando. Durante muitos anos ninguém cuidou dele.”
Ana Paula Cleto, coordenadora da delegação Macau-China da FO, disse desconhecer o anúncio.

“Confirmei junto da Administração da FO e a Lorcha não está à venda.” Referiu ainda que a FO está em negociações com o Museu da Marinha e diversas universidades portuguesas para que Lorcha de Macau possa ser utilizada para fins educativos.

Monjardino não quer vender
Os esclarecimentos da presidência da FO chegaram mais tarde. O titular do cargo, Carlos Monjardino confirmou que não há qualquer intenção de venda da Lorcha de Macau. Quanto ao anúncio, também não sabe de onde vem, mas, admite que possa ter surgido da parte das termas de Monchique, a quem a embarcação esteve cedida até ao ano passado para fins turísticos. “Houve alguns estrangeiros que lá foram, que acharam que era uma embarcação muito interessante. Devem ter depreendido pela conversa que a Lorcha estava à venda. Não temos compromisso em vender.”
Além disso, “é importante salientar que, se vendêssemos, só sabendo a quem vendemos”.
Sem ter conhecimento do anúncio, Monjardino pondera agora contactar directamente a BlueWater Algarve ou as termas de Monchique para resolver a questão.

Carlos Monjardino garantiu que, anualmente, a embarcação custa à FO entre
MOP 400 mil e MOP 500 mil em despesas normais de manutenção, e MOP 1 milhão de dois a dois anos, para substituição da madeira, afectada por bichos. “Foram feitas obras e gastámos fortunas para recuperar a parte de dentro. A construção é má e não há solução à vista para acabar com a praga. Não se pode manter assim, a Lorcha não é usada, não serve para nada.”
Para Monjardino, a embarcação “nunca deveria ter saído de Macau” e, para já, só vê duas saídas possíveis: a Marinha Portuguesa ou Macau. Em ambas, a FO disponibiliza-se a custear a manutenção. “O problema não são os gastos, mas sim o facto de não ser utilizada. Queremos arranjar uma entidade séria e estamos disponíveis para pagar a manutenção.”
Segundo o presidente da FO, já se realizaram duas propostas à Marinha, que até ao momento não aceitou tomar conta da Lorcha. Monjardino disse também que houve contactos com o Museu Marítimo de Macau.

Sonho de “Bibito”
Quem também concorda que a réplica deveria regressar a Macau é o publicitário Henrique Silva, mais conhecido por “Bibito”. Há um ano, iniciou diversas conversações, tanto em Macau como em Portugal, para angariar patrocínios – queria trazer a Lorcha de volta à sua terra natal. O anúncio da venda revelou-se uma surpresa. “Quando vi, fiquei chocado. É um pedaço de História que está à venda. Mistura a tecnologia chinesa com a portuguesa e representa aquilo que é Macau. Acaba por representar um pouco aquilo que é o navio Sagres para Portugal.”

Para Henrique, o ideal seria trazer o barco para o próximo ano, altura em que se comemoram os 500 anos da passagem dos portugueses pelo território. “Simbolicamente fazia sentido. Tenho tentado arranjar patrocinadores, e de Portugal existem algumas logísticas faladas.”

Séculos de história em pedaços de madeira
A Lorcha de Macau, actualmente atracada na Marina de Portimão, representa séculos de navegação e um sinal vivo do património histórico do território. Em meados do século XIX, o porto de Macau albergava cerca de 60 lorchas, algumas com objectivos bélicos. As lorchas também existiam na Tailândia, em Singapura e em Ningpo.
Este tipo de embarcação mostra a junção das técnicas portuguesas e chinesas. Enquanto o casco tem um traçado europeu, o leme e o aparelho vélico possuem traços orientais, o que lhe dá mais rapidez e facilidade de manobra.
Construídas em madeira de cânfora e teca, as lorchas tinham entre dois a três mastros e podiam variar entre as 30 e as 50 toneladas. Com uma tripulação mista, serviam, no século XIX, para transporte de carga, serviços de vigilância e defesa contra os piratas.
Em Macau, muitas das lorchas de guerra viram o seu armamento reforçado e dedicavam-se apenas a combater a pirataria. As lorchas Adamastor, Leão Terrível, Amazona ou Tritão são exemplos de vasos de guerra que destruíram muitas embarcações de piratas.
Com o passar dos anos, começaram a ser substituídas por embarcações a vapor, que mais rapidamente faziam o transporte de mercadorias para o litoral da China. Aos poucos, as lorchas desapareceram dos portos e do uso diário das gentes de Macau. Nos primórdios do século XX, sumiram-se por completo dos mares do sul da China.
Em meados de 1987, 1988, as Oficinas Navais de Macau construíram a Lorcha Macau, uma réplica que pretendia promover a cultura e a história do território. Aquando da Expo 98, o Governo de Macau doou a embarcação à Aporvela. A falta de apoios financeiros fizeram com que a Lorcha de Macau passasse para a Fundação Oriente, que assim ficou responsável por ela.

FONTE:- (http://hojemacau.com.mo/?p=30167)









belo.jpg (image)

Fragata Cte João Belo, em 2006.
belo.jpg (image)belo (1)


Diversos trabalhos gráficos executados pelo Victor Moreira SCH -THF
















domingo, 27 de março de 2011

Hino - Marinha do Brasil - 2ª versão.

Macao as Overseas Province of Portugal.

Macau, 1999.12.19 - Transferência de Soberania

Macau, 1999.12.19 - Arriar da Bandeira

O ADEUS A MACAU(Fim da soberania Portuguesa)


Este navio da Marinha de Guerra Portuguesa, permaneceu em Macau, desde que atracou às 13h30 de 14/03/70 até às 11h00 do dia 25/03/70, na Ponte Nova, do Porto Exterior de Macau, donde saiu para abastecer em Hong-Kong, tendo chegado no mesmo dia às 13h30.

Deste porto, zarpou, em 26/03/70, às 11h00, rumo a Timor, onde chegou em 01/04/70 às 09h00.


quinta-feira, 17 de março de 2011

ATRACAÇÃO EM MACAU




FRAGATA JOÃO BELO 
 CHEGADA A MACAU




Registo cedido por JOÃO  BOTAS.
(macauantigo.blogspot.com)

Aproximação ao cais.



Atracação, da Fragata Comandante João Belo, ao porto exterior de Macau.
(14/0)03/197


A FRAGATA JOÃO BELO ATRACADA NO PORTO EXTERIOR DE MACAU
(1970)




Estadia da Fragata "Cte. João Belo" em Macau. Alguns registos fotográficos e postais dessa época.

 Foi bastante emotiva a recepção pelo povo Macaense, que nos proporcionou um espectáculo, para nós, fora do comum. Houve uma salva à terra com 21 tiros que foram correspondidos, pela bateria do Monte da Guia e por uma ensurdecedora  e interminável salva de panchões, (uma espécie de fogo de artificio à moda de Macau). Esteve neste local, durante 11 dias. Era visitada, diáriamente,por centenas de pessoas,sendo necessário fazer filas para a coordenação da respectivas visitas.
A guarnição da Fragata comandante João Belo, também teve a oportunidade de fazer turismo em Macau, visitando os locais mais importantes, uma das vezes de autocarro e com guia-cicerone.
Nessa época, ficámos deslumbrados com o interior e exterior do CASINO HOTEL LISBOA.


Fonte - Clube Militar Naval

                          .
Ruínas de S. Paulo (1970).
                               
View of  the Inner Harbour and the floating Casino (Macau Palace).
Penso que foi o 1º Casino flutuante. ( 1970)

The inner harbour view of Macao, showing Communist  China in the background. (1970)

The famous stone table, were the  Sino
American Commercial treaty
was sighed in July 03/1844  (1970)


Passeio de Riquexó. Na Foto  os dois amigos "Salgado e Martins"
1970



ADEUS A MOÇAMBIQUE


Uma fotografia da Fragata João Belo datada de Agosto de 1970,relativa à sua saída definitiva de Moçambique (Maputo ex-Lourenço Marques) rumo a Angola (Luanda).

(( Esta foto foi vendida a elementos da sua Guarnição pelo fotografo. QUAL A RAZÃO DA SUA ELIMINAÇÃO!!!???)








400. Isso é um erro.

Seu cliente emitiu uma solicitação malformada ou ilegal. Isso é tudo que sabemos.!!!!

           A navegar ao largo de Lourenço Marques ( Esta foto foi vendida a elementos da sua Guarnição pelo fotografo. QUAL A RAZÃO DA SUA ELIMINAÇÃO!!!???)




                                              
         Despedida de amigos no Porto de Lourenço Marques




Primeiro patch da Fragata João Belo
             

Reabastecimento em alto mar

Navio Bérrio em RAS com a Fragata João Belo - Reabastecimento em alto mar





DO MURAL DO FB DE " (MARINHA PORTUGUESA PATCH'S)

DO FB "MARINHA PORTUGUESA PATCH'S"

N.R.P.João Belo em exercicios com caça minas Sueco

 N.R.P."COMANDANTE João Belo - Exercícios com caça minas Sueco Karlskrona


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sexta-feira, 4 de março de 2011

RUMO A LUANDA - ANGOLA

CAPÍTULO I (P2)




FRAGATA JOÃO BELO - SAI DE MOÇAMBIQUE, RUMO A ANGOLA


Uma fotografia da Fragata João Belo, datada de 01 de Junho de 1970, relativa à sua saída definitiva de Moçambique (Lourenço Marques), rumo a Angola (Luanda).



                                Preparação para a saída de Lourenço Marques


                                         Foto do Bloger; António da Silva Martins          
                      Despedida de amigos no Porto de Lourenço Marques


Cerimónia de transferência das fragatas da classe João Belo

Crédito:-  #marinhaportuguesa     https://youtu.be/CT6AobEi6IY