segunda-feira, 2 de maio de 2011

FRAGATA JOÃO BELO - Primeiro dia em Macau



FRAGATA JOÃO BELO - Primeiro dia em Macau


Foto e notícia do Jornal Diário de Notícias de 24/03/1970
Fragata João Belo, prepara-se para atracar no Porto Exterior de Macau.



Durante o percurso de Hong-Kong, para Macau, toda a guarnição andava num frenesim constante, a falar nas compras que iria fazer.

Como se sabia, em Macau era tudo mais barato e diversificado.

Os artigos mais procurados eram os seguintes: serviços de porcelana, de jantar e de chá, máquinas de costura eléctricas com muitas funções, aparelhagens de som estereofónicas, com grandes bobines de fita magnética (AKAY), máquinas de filmar, com bobine de fita, máquinas fotográficas, rádios e gira-discos, rádios tipo móvel de sala, etc, etc.

Logo que terminou a faina de atracação, seguiu-se a recepção ao senhor governador Nobre de Carvalho e a outras altas individualidades de Macau.

Findas as cerimónias de boas-vindas, a guarnição que não estava em serviço de escala, preparou-se para a formatura de saída.

Durante a formatura, ouvia-mos a palestra do oficial de dia, avisando dos perigos das doenças venéreas e para não nos esquecermos dos avisos constantes feitos pelo comandante, durante a viagem, dos cuidados a ter na vida nocturna. 
Quem tivesse a ideia de ir às “meninas”, devia pedir que lhe fosse exibido o cartão de sanidade (blue card).

Outras prevenções eram recomendadas, aliás, obrigatórias, para todos os que saíam, deviam fazer-se acompanhar de um pequeno frasco com sabão anti-séptico(444), que era distribuído pelo médico ou enfermeiro de bordo. Esse produto servia para quem tivesse relações sexuais, ser utilizado na lavagem, como prevenção de qualquer contágio de doenças venéreas. Quem não seguisse as regras e tivesse o azar de ser contagiado, era castigado disciplinarmente.

Sem dúvida, que a Marinha de Guerra Portuguesa, era uma grande escola. Particularmente para miúdos como eu, com apenas 17 e 18 anos, foi a Universidade da Vida.

Por - Antonio da Silva Martins

domingo, 17 de abril de 2011

SAVANE - O mascote da Fragata João Belo


FRAGATA JOÃO BELO - OS SEUS MASCOTES, "GAZELA" E "SAVANE"


Este vídeo refere-se a um episódio ocorrido no final da década de 1960 com o mascote da Fragata João Belo, de nome "SAVANE", e  foi escrito pelo Tenente Engenheiro Neves de Carvalho para o programa da Antena 1 "História Devida", e lido aos microfones dessa emissora pelo artista de teatro Miguel Guilherme, é sem dúvida uma história verídica muito emocionante!



    AUDIO-contando em português o que se passou com o nosso
Mascote "SAVANE" 
(Clic em cima da foto)                                                              






Cidade da Beira - Moçambique 1969


Cidade da Beira - Moçambique  1969


GAZELA: - A 1ª Mascote da Fragata João Belo.
( Moçambique, 1969)









quarta-feira, 6 de abril de 2011

João Belo (1876-1928) | Instituto Hidrográfico

COMANDANTE JOÃO BELO - PARTE DA SUA VIDA COMO MILITAR E POLÍTICO



Foi a este grande “Marinheiro”, que a Marinha  de Guerra  Portuguesa, quis Homenagear, ao atribuir o seu nome à 1ª Fragata (da classe Cte Rivière),


Foram encomendadas 4 Fragatas do mesmo tipo.

- NRP "Comandante João Belo - F480 (CTFR - FRABELO)

-NRP "Hermenegildo  Capelo" -  F481 (CTFS - FRACAPELO)

-NRP " Roberto Ivens" - F482 - (CTFT - FRAIVENS)

-NRP"Sacadura Cabral" - F483 - (CTFU - FRADURA)         




COMANDANTE JOÃO BELO
Fonte:- Revista da Armada
(Trabalho elaborado por Francisco Santos)



Acedam ao Link abaixo indicado:

João Belo (1876-1928) | Instituto Hidrográfico


                               






JOÃO BELO - Portugal de outrora e de hoje
( Pintura em prato cerâmico)



CORTESIA  ( RODA VIVA  jornal) AROUCA. -   UM DESPACHO, DOIS EXEMPLOS -

OPINIÃO:- Se todos os ministros procedessem com o mesmo zelo e respeito pelos dinheiros do Estado, o País nunca teria chegado à situação
desesperada em que se encontra.


JOÃO BELO, Oficial da  Marinha, natural de Leiria, nascido a 27 de Setembro de 1876, embarcou para Moçambique em 1895 como Guarda-Marinha e por lá andou durante 29 anos, ao longo dos quais desempenhou as mais diversas funções.
Companheiro de Mouzinho de Albuquerque, colaborou activamente com Brito Camacho, que em fins de 1921 foi nomeado Alto Comissário para a República naquela antiga colónia portuguesa, tendo conquistado grande prestígio entre as populações de quem era conhecido como Régulo de Gaza.
Chamado a exercer as funções de Ministro das Colónias, faleceu em 2 de Janeiro de 1928, em  pleno exercício da sua actividade e após uma carreira toda dedicada ao serviço da  Pátria, que lhe atribuiu diversas condecorações, de entre as quais a Torre e Espada.
Algum tempo após a sua morte, o filho, Dr. António Belo, ofereceu ao Arquivo Histórico de Moçambique um conjunto de documentos, de entre os quais a cópia autografada de um despacho, em papel timbrado do Ministério das Colónias - Gabinete do Ministro - que reza assim: " Reconsidero o meu despacho de 14 de Julho findo pelo qual mandei adquirir 5000 (cinco mil) exemplares do livro " Uma Viagem Através das Colónias Portugueseas", anulando-o; mas "Como produziu todos os seus efeitos e está portanto liquidada a importância de 31.250$00 (trinta e um mil duzentos e cinquenta escudos), determino que nos vencimentos do actual  Ministro JOÃO BELO, seja descontada mensalmente a importância de 500$00 (quinhentos escudos) e quando deixar esse cargo passe ao máximo de desconto até completo pagamento da  importância autorizada e que dei causa por um despacho irrefletido que sou o primeiro a considerar ilegítimo". "Cumpra-se 31-8-1926." "ass, João Belo.
O livro escrito por Augusto Gonçalves de Morais de Castro e António Ferreira Cardoso, foi prefaciado pelo Almirante Ernesto Vasconcelos, mas nem isso impediu que o Ministro e Comandante de Fragata João Belo, lavrasse este despacho exemplar, que devia estar emoldurado em cima  da secretária de trabalho de todos os ministros e decisores políticos deste país para memória e exemplo de responsabildade e ética democrática.
Se assim fosse e todos os ministros procedessem com o mesmo zelo e respeito pelos dinheiros do Estado, e tivessem tido a coragem e a dignidade de reconhecer os seus erros, respondendo por eles, o País nunca teria chegado à situação desesperada em que se encontra.
Infelizmente não foi assim, mas não deixa de ser consolador reconhecer e recordar a estatura de um ministro e de um Homem que foi um cidadão exemplar.
E já que de exemplos e de Carácter se falou, neste tempo difícil que Portugal atravessa e um novo Governo promete resgatar do atoleiro em que mais uma vez mergulhou, é bom recordar mais um exemplo, de entre os muitos que uma longa História de séculos nos dá.
Henrique Paiva Couceiro, que também pelas antigas colónias se cobriu de glória e o Comissário Régio António Enes, considerava "o seu Roldão" (aludindo a um dos Doze Pares de Carlos Magno), também ele nos deixou, em fim de uma carreira de glória, um desabafo que encerra toda uma lição de vida e de Carácter:- " Se soubessem o trabalho que eu tive toda a vida para ficar pobre!" Quando agora tantos ficam ricos sem  trabalho nenhum  e a justiça que temos não consegue descobrir de onde lhes veio a riqueza, isentando-os de suspeitas ou remetendo-os à  cadeia, é bom recordar estes exemplos para que os sacrificios que nos são pedidos não sejam de todos  em vão.
O Governo agora empossado  e que nos promete combater a corrupção, o clientelismo e o despredício, como todos os outros antes dele já fizeram sem resultados apreciáveis, tem à sua frente uma tarefa gigantesca. Não apenas para resgatar o prestígio do país no concerto das nações mas, acima de tudo, para o tornar mais limpo e recomdável.

Por:- Elísio Azevedo.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

BARCO À VISTA: TESTEMUNHO HISTÓRICO DE UMA COMISSÃO EM MACAU



Testemunho de uma Comissão em Macau: 





BARCO À VISTA
http://barcoavista.blogspot.com/2010/11/testemunho-historico-de-uma-comissao-em.html




UAM - 202 "LORCHA MACAU"
(publicação de 06/07/2012)


LORCHA (Embarcação ligeira chinesa) "long-chuen"


LORCHA=Embarcação ligeira chinesa
UAM=Unidade Auxiliar da Marinha. Podem ser tripuladas por pessoal militar, militarizado ou civil.
NRP = Navio da República Portuguesa, que só podem ser tripulados por militares da Armada.

Este navio é uma replica de uma lorcha macaense, utilizadas em 1589/1592, construída em Macau, pela Marinha Portuguesa, em 1986.
Depois do seu lançamento à água navegou rumo ao Japão, para participar no Festival Espingarda, na Ilha Tasnegashima, onde todos os anos se comemora a chegada dos portugueses ao Japão.
Visitou ainda os portos de Kagoshima, Nagasaki e Omura. Até 1998, fez diversas viagens no mar da China até à Coreia, Singapura etc.

Em 1998 rumou a Lisboa, para participar na EXPO 98.
Terminada a EXPO 98, este navio foi doado à "APORVELA" e mais tarde transitou para a Fundação Oriente (FO).

CARACTERÍSTICAS:
Construção - Macau 1986 (Deduzo que esta data teria sido a do acordo do início da sua construção)!
Comprimento - 26,52 m
Boca - 6,6 m
Calado - 3 m
Tripulação - 10
Patrono - Macau


Fonte: - 
WIKIPÉDIA

A SITUAÇÃO, NESTE MOMENTO, DA LORCHA MACAU



(http://hojemacau.com.mo/?p=30167)




Por Andreia Sofia Silva | 9 Mar 2012 

(Foto de António da Silva Martins)
Em 1988, as Oficinas Navais de Macau decidiram recriar pedaços da história dos mares de Macau, ao construir a Lorcha de Macau, réplica das antigas embarcações de madeira que navegavam pela China (ver caixa). Anos depois, foi cedida à Expo 98, tendo posteriormente passado para as mãos da Fundação Oriente (FO).
Actualmente a réplica encontra-se atracada na Marina de Portimão, em estado degradado, estando disponível para venda, pela quantia de MOP 1 milhão (95 mil euros). O anúncio foi colocado a semana passada e pode ser visualizado na internet, estando o negócio a cargo da empresa BlueWater Algarve, empresa correctora de barcos.

O Hoje Macau fez-se passar por um cliente. Do outro lado da linha, confirmaram que se trata da mesma embarcação de cariz histórico, e que o preço está baixo dado o grau de degradação. “O barco praticamente foi abandonado. Está em bastante mau estado e precisa de muito trabalho, por isso é que o preço está assim baixo. Pode ir para a água, mas necessita de reparação.”
A confidencialidade não permitiu revelar o nome do proprietário da embarcação, mas a responsável da BlueWater Algarve adiantou que se trata de “um dono particular”. “Provavelmente o dono do barco está sem dinheiro e o barco foi-se degradando. Durante muitos anos ninguém cuidou dele.”
Ana Paula Cleto, coordenadora da delegação Macau-China da FO, disse desconhecer o anúncio.

“Confirmei junto da Administração da FO e a Lorcha não está à venda.” Referiu ainda que a FO está em negociações com o Museu da Marinha e diversas universidades portuguesas para que Lorcha de Macau possa ser utilizada para fins educativos.

Monjardino não quer vender
Os esclarecimentos da presidência da FO chegaram mais tarde. O titular do cargo, Carlos Monjardino confirmou que não há qualquer intenção de venda da Lorcha de Macau. Quanto ao anúncio, também não sabe de onde vem, mas, admite que possa ter surgido da parte das termas de Monchique, a quem a embarcação esteve cedida até ao ano passado para fins turísticos. “Houve alguns estrangeiros que lá foram, que acharam que era uma embarcação muito interessante. Devem ter depreendido pela conversa que a Lorcha estava à venda. Não temos compromisso em vender.”
Além disso, “é importante salientar que, se vendêssemos, só sabendo a quem vendemos”.
Sem ter conhecimento do anúncio, Monjardino pondera agora contactar directamente a BlueWater Algarve ou as termas de Monchique para resolver a questão.

Carlos Monjardino garantiu que, anualmente, a embarcação custa à FO entre
MOP 400 mil e MOP 500 mil em despesas normais de manutenção, e MOP 1 milhão de dois a dois anos, para substituição da madeira, afectada por bichos. “Foram feitas obras e gastámos fortunas para recuperar a parte de dentro. A construção é má e não há solução à vista para acabar com a praga. Não se pode manter assim, a Lorcha não é usada, não serve para nada.”
Para Monjardino, a embarcação “nunca deveria ter saído de Macau” e, para já, só vê duas saídas possíveis: a Marinha Portuguesa ou Macau. Em ambas, a FO disponibiliza-se a custear a manutenção. “O problema não são os gastos, mas sim o facto de não ser utilizada. Queremos arranjar uma entidade séria e estamos disponíveis para pagar a manutenção.”
Segundo o presidente da FO, já se realizaram duas propostas à Marinha, que até ao momento não aceitou tomar conta da Lorcha. Monjardino disse também que houve contactos com o Museu Marítimo de Macau.

Sonho de “Bibito”
Quem também concorda que a réplica deveria regressar a Macau é o publicitário Henrique Silva, mais conhecido por “Bibito”. Há um ano, iniciou diversas conversações, tanto em Macau como em Portugal, para angariar patrocínios – queria trazer a Lorcha de volta à sua terra natal. O anúncio da venda revelou-se uma surpresa. “Quando vi, fiquei chocado. É um pedaço de História que está à venda. Mistura a tecnologia chinesa com a portuguesa e representa aquilo que é Macau. Acaba por representar um pouco aquilo que é o navio Sagres para Portugal.”

Para Henrique, o ideal seria trazer o barco para o próximo ano, altura em que se comemoram os 500 anos da passagem dos portugueses pelo território. “Simbolicamente fazia sentido. Tenho tentado arranjar patrocinadores, e de Portugal existem algumas logísticas faladas.”

Séculos de história em pedaços de madeira
A Lorcha de Macau, actualmente atracada na Marina de Portimão, representa séculos de navegação e um sinal vivo do património histórico do território. Em meados do século XIX, o porto de Macau albergava cerca de 60 lorchas, algumas com objectivos bélicos. As lorchas também existiam na Tailândia, em Singapura e em Ningpo.
Este tipo de embarcação mostra a junção das técnicas portuguesas e chinesas. Enquanto o casco tem um traçado europeu, o leme e o aparelho vélico possuem traços orientais, o que lhe dá mais rapidez e facilidade de manobra.
Construídas em madeira de cânfora e teca, as lorchas tinham entre dois a três mastros e podiam variar entre as 30 e as 50 toneladas. Com uma tripulação mista, serviam, no século XIX, para transporte de carga, serviços de vigilância e defesa contra os piratas.
Em Macau, muitas das lorchas de guerra viram o seu armamento reforçado e dedicavam-se apenas a combater a pirataria. As lorchas Adamastor, Leão Terrível, Amazona ou Tritão são exemplos de vasos de guerra que destruíram muitas embarcações de piratas.
Com o passar dos anos, começaram a ser substituídas por embarcações a vapor, que mais rapidamente faziam o transporte de mercadorias para o litoral da China. Aos poucos, as lorchas desapareceram dos portos e do uso diário das gentes de Macau. Nos primórdios do século XX, sumiram-se por completo dos mares do sul da China.
Em meados de 1987, 1988, as Oficinas Navais de Macau construíram a Lorcha Macau, uma réplica que pretendia promover a cultura e a história do território. Aquando da Expo 98, o Governo de Macau doou a embarcação à Aporvela. A falta de apoios financeiros fizeram com que a Lorcha de Macau passasse para a Fundação Oriente, que assim ficou responsável por ela.

FONTE:- (http://hojemacau.com.mo/?p=30167)









belo.jpg (image)

Fragata Cte João Belo, em 2006.
belo.jpg (image)belo (1)


Diversos trabalhos gráficos executados pelo Victor Moreira SCH -THF
















domingo, 27 de março de 2011

Hino - Marinha do Brasil - 2ª versão.

Macao as Overseas Province of Portugal.

Macau, 1999.12.19 - Transferência de Soberania

Macau, 1999.12.19 - Arriar da Bandeira

O ADEUS A MACAU(Fim da soberania Portuguesa)


Este navio da Marinha de Guerra Portuguesa, permaneceu em Macau, desde que atracou às 13h30 de 14/03/70 até às 11h00 do dia 25/03/70, na Ponte Nova, do Porto Exterior de Macau, donde saiu para abastecer em Hong-Kong, tendo chegado no mesmo dia às 13h30.

Deste porto, zarpou, em 26/03/70, às 11h00, rumo a Timor, onde chegou em 01/04/70 às 09h00.


quinta-feira, 17 de março de 2011

ATRACAÇÃO EM MACAU




FRAGATA JOÃO BELO 
 CHEGADA A MACAU




Registo cedido por JOÃO  BOTAS.
(macauantigo.blogspot.com)

Aproximação ao cais.



Atracação, da Fragata Comandante João Belo, ao porto exterior de Macau.
(14/0)03/197


A FRAGATA JOÃO BELO ATRACADA NO PORTO EXTERIOR DE MACAU
(1970)




Estadia da Fragata "Cte. João Belo" em Macau. Alguns registos fotográficos e postais dessa época.

 Foi bastante emotiva a recepção pelo povo Macaense, que nos proporcionou um espectáculo, para nós, fora do comum. Houve uma salva à terra com 21 tiros que foram correspondidos, pela bateria do Monte da Guia e por uma ensurdecedora  e interminável salva de panchões, (uma espécie de fogo de artificio à moda de Macau). Esteve neste local, durante 11 dias. Era visitada, diáriamente,por centenas de pessoas,sendo necessário fazer filas para a coordenação da respectivas visitas.
A guarnição da Fragata comandante João Belo, também teve a oportunidade de fazer turismo em Macau, visitando os locais mais importantes, uma das vezes de autocarro e com guia-cicerone.
Nessa época, ficámos deslumbrados com o interior e exterior do CASINO HOTEL LISBOA.


Fonte - Clube Militar Naval

                          .
Ruínas de S. Paulo (1970).
                               
View of  the Inner Harbour and the floating Casino (Macau Palace).
Penso que foi o 1º Casino flutuante. ( 1970)

The inner harbour view of Macao, showing Communist  China in the background. (1970)

The famous stone table, were the  Sino
American Commercial treaty
was sighed in July 03/1844  (1970)


Passeio de Riquexó. Na Foto  os dois amigos "Salgado e Martins"
1970



ADEUS A MOÇAMBIQUE


Uma fotografia da Fragata João Belo datada de Agosto de 1970,relativa à sua saída definitiva de Moçambique (Maputo ex-Lourenço Marques) rumo a Angola (Luanda).

(( Esta foto foi vendida a elementos da sua Guarnição pelo fotografo. QUAL A RAZÃO DA SUA ELIMINAÇÃO!!!???)








400. Isso é um erro.

Seu cliente emitiu uma solicitação malformada ou ilegal. Isso é tudo que sabemos.!!!!

           A navegar ao largo de Lourenço Marques ( Esta foto foi vendida a elementos da sua Guarnição pelo fotografo. QUAL A RAZÃO DA SUA ELIMINAÇÃO!!!???)




                                              
         Despedida de amigos no Porto de Lourenço Marques




Primeiro patch da Fragata João Belo
             

Reabastecimento em alto mar

Navio Bérrio em RAS com a Fragata João Belo - Reabastecimento em alto mar





DO MURAL DO FB DE " (MARINHA PORTUGUESA PATCH'S)

DO FB "MARINHA PORTUGUESA PATCH'S"

N.R.P.João Belo em exercicios com caça minas Sueco

 N.R.P."COMANDANTE João Belo - Exercícios com caça minas Sueco Karlskrona


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sexta-feira, 4 de março de 2011

RUMO A LUANDA - ANGOLA

CAPÍTULO I (P2)




FRAGATA JOÃO BELO - SAI DE MOÇAMBIQUE, RUMO A ANGOLA


Uma fotografia da Fragata João Belo, datada de 01 de Junho de 1970, relativa à sua saída definitiva de Moçambique (Lourenço Marques), rumo a Angola (Luanda).



                                Preparação para a saída de Lourenço Marques


                                         Foto do Bloger; António da Silva Martins          
                      Despedida de amigos no Porto de Lourenço Marques


domingo, 20 de fevereiro de 2011

Sobre a Fragata, NRP "Comandante João Belo"



RESUMO HISTÓRICO DA FRAGATA JOÃO BELO











Registo  gentilmente cedido pelo camarada ANTÓNIO MOLEIRO





Este blogue destina-se a homenagear a FRAGATA COMANDANTE JOÃO BELO, onde prestei serviço, de Dezembro de 1968 a Março de 1970.

Sobre a Fragata: O seu primeiro lançamento à água para os testes, foi efectuado em 22/03/1966 em Loire-Nantes, França.


                            

             
                                CARACTERÍSTICAS  PRINCIPAIS



-Numero de Amura  F480
-Indicativo de chamada CTFR - FRABELO.
-Deslocamento standard: 1750 Ton
-Deslocamento máximo: 2250 Ton
-Tipo de propulsão: Motores a Diesel, 4- Motores a Diesel 12 PC (1600cv/hp)
-Autonomia: 7300mn a 7500mn, a 16 nós ( 2 hélices).
-Velocidade Máxima: 23 a 25 nós.
-Comprimento: 102.5.





-Boca: (Largura) 12 mm

-Calado 4.4m.
-Guarnição: 165 a 180 elementos.

ARMAMENTO:

-3 peças de 100mm ( Creusot-Loire Mod. 1953), com o alcance de 17Km
-2 Bofores/BAE Systems (40mm/L70 Mod. 1958 ), calibre  40mm com alcance de 12Km
-6 lança Torpedos (ATK Alliant Techsystems MK-46 Mod.5). Lançadores MK.32 (3), de 550mm
-1 Morteiro Quadruplo de 305mm.

EQUIPAMENTO:

Radares;
-1 Thomson-CSF/Thales DRBC 31D (Director de tiro, alcance médio 22Km)
-1 RACAL-DECCA, RM316 (Navegação, alcance médio 27Km)
-1 Thomson-CSF/Thales DRBV50 (Superficie, alcance médio 30Km)
-1 Thomson-CSF/Thales DRBV 22A (Pesquisa aérea, alcance medio 67 Km).
-1 Radar de controlo de tiro DRBC32C, sonalr DUBA3.
Sonares;
-1 General Dynamics SQS-510 ( Pesquisa activa/ataque).






Antenas dos Radares



Tubos Lança Torpedos






                                        



NRP "Cte João Belo"-1969.




PEQUENO RESUMO DA SUA HISTÓRIA



Foi incorporada, na nossa Armada em Julho de 1967. Em Dezembro de 1968, zarpou de Lisboa, rumo ao Ultramar, passou o Natal em S. Vicente(Cabo Verde)e após alguns dias seguiu para Luanda(Angola), onde assistiu à  passagem de ano.

De lá rumou para Lourenço Marques(Moçambique), e vigiava dia e noite, toda a costa e ilhas de Moçambique. Tinha a bordo: 15 Oficiais; 27 Sargentos; e 122 praças.

  A NRP "Cte João Belo", deixou Nantes e seguiu por meios próprios para Lorient a fim de pôr à prova as suas capacidades.

Em 01/07/67, foi aumentada ao efectivo dos navios da Armada Portuguesa, realizando-se a cerimónia na Base Naval Francesa de Lorient. Ao largo deste porto, realizou as experiências de máquinas, prova de tiro, exercicios de reabastecimento, calibração de radares, sonar e goniómetro e treino da guarnição previstos no programa de recepção.

Em 05/12/67, deixou aquela Base Naval, com destino a Lisboa, onde chegou a 07/12/67, sendo festivamente recebida. Os Ministros da Defesa e da Marinha, respectivamente, General Gomes de Araújo e VALM Quintanilha de Mendonça Dias, foram os primeiros membros do Governo a visitar o navio. Alguns dias depois, encontrando-se o navio atracado ao cais exterior da doca da Marinha, recebeu primeiro o Presidente da República, ALM Américo  Thomás e posteriormente, o Presidente do Conselho, Dr Oliveira Salazar, ambos acompanhados, pelo Ministro da Marinha, sendo recebidos com as devidas honras militares, quer em terra, quer a bordo.

Antes de partir para o Ultramar, entre 05 e 17/01/68, ausentou-se de Lisboa, para uma viagem a Bissau, transportando um contigente de Fuzileiros Navais. Simultaneamente deu treino à guarnição, após o que regressou a Lisboa.

Entre 08 e 25/03/68, esteve ao largo de Toulon, em exercícios, com fragatas e submarinos franceses.

Em 01/05/68, em viagem de instrução de cadetes, largou de Lisboa com destino a S. Vicente(Arquipélago de Cabo Verde). Depois rumou aos Açores (Sta Cruz das Flores, Ponta Delgada e Horta), dando entrada em Lisboa em 19/05/68.

Em 29/06/68 seguiu para Nantes, onde permaneceu todo o mês de Julho, para verificações técnicas.

Fundeou em 01/08/68 no Rio Tejo, no QNG. O restante do ano foi passado em exercícios de artilharia e A/S, reabastecimento no mar, incêndios e limitação de avarias.

Largou de LIsboa,  em 20/12/68, para dar início a uma longa comissão de serviço, no Ultramar e uma viajem ao Oriente.




ALGUNS OFICIAIS QUE FIZERAM PARTE DA SUA  1ª GUARNIÇÃO

O seu 1º Comandante, aquele que recebeu a NRP " Comandante João Belo", em  França, foi o ilustre "Marinheiro", CAP. FRAG.  PAULO MANUEL BELMAÇO DA COSTA SANTOS.(Falecido antes de 2004).
Tomou o comando da Fragata em 01/07/1967. Saiu da Base Naval Francesa, em Lorient, rumo a Lisboa, em 05/12/1967. Permanceu no camando deste navio até princípios de 1968.

Foi substituido no cargo, pelo CAP.FRAG. Leonel Alexandre Gomes Cardoso ( 1919-1988)

IMEDIATO:
-CAPTEN Jaime de Oliveira Leandro

TENENTES:( por ordem alfabética)

-António Manuel Abrantes Lopes
-António Salvador Neves de Carvalho
-Aires Eugénio de Moura Domingos
-Carlos Manuel da Silva Serrano
-Delmar da Silva Gomes Barreiro (Capelão)
-Eugénio Antonio da Silva Zeferino Pereira (Médico)
-Francisco Egídio Ramos de Freitas
-Francisco Silva Martins Gomes
-Henrique Alexandre M. da Silva Fonseca
-Joaquim Gonçalves Vintém
-Lívio José Salgueiro Carneiro da Silva
-Manuel Ferreira Bola
-Manuel Frutuoso Barreiro Jorge (não seguiu para comissão)
-Manuel Henriques
Valter Martins Vairinhos (não seguiu para comissão)









                                    GUIA DE MARCHA PARA FRANÇA

Quando no longínquo ano de 1967 seguiram  com guia de marcha para França, a fim de constituírem a primeira guarnição da Fragata "Cte João Belo", não podiam imaginar a profunda marca que esse navio iria imprimir nas suas vidas. Este navio seria a sua  casa durante os próximos anos. Uma casa que, não sabiam então, lhes iria proporcionar uma inesquecível experiência humana.


Algum pessoal que seguiu com guia de marcha para França, em 1967









NRP "S. Critovão" (ex-Aviso de  1ª classe BARTOLOMEU DIAS)
Foi o  1º Navio da Armada, com propulsão à vela e a vapor(1935-1969)
Mais tarde, foi classificado como Fragata, tendo desempenhado algumas missões em Moçambique, Índia, Macau e Timor. Foi mandado abater ao efectivo da Armada, pela Portaria 256/75, DL nº 88 de 15/04/75, 1ª Série.
Nos princípios de Abril de 1967, foi o primeiro grupo, que iria fazer parte da guarnição da Fragata João Belo,  para França:- Comandante, Imediato, Oficiais, Sargentos e alguns Praças das áreas técnicas e logísticas. Chegou a Nantes embarcado no NRP "S. CRISTOVÃO". Este navio ( ex-Aviso de 1ª "BARTOLOMEU DIAS"), foi convertido em "hotel", atracado à muralha quase no centro da cidade, a dois passos dos "Chantiers de L'Atlantique", o estaleiro onde a "João Belo" ainda assente em picadeiros, recebia os últimos acabamentos. O "S. Cristóvão" seria o alojamento, durante próximo de três    meses, até que a Fragata estivesse em condições de acolher parte da sua Guarnição. Depois, ao longo desse ano, chegariam em levas sucessivas, de comboio, os restantes elementos da guarnição.

António da Silva Martins (Mar.Rad. 1330/66)



Notícia sobre a fragata João Belo, publicada num Jornal francês em 1967.

Uma merecida Homenagem à 1ª Guarnição da  NRP  "COMANDANTE JOÃO BELO"



A tarjeta que sempre esteve presente nos Convívios  anuais da 1ª Guarnição da Fragata  João Belo.


A PRIMEIRA GUARNIÇÃO DE  RADARISTAS DA NRP " COMANDANTE JOÃO BELO".
(FOTO DE  1969)







Parte da 1ª Guarnição da NRP "COMANDANTE JOÃO BELO", e alguns familiares.
(2004)



Parte da 1ª Guarnição da Fragata, no Convívio de 08/12/2004, na Base Naval de Lisboa

A Fragata Cte  João Belo, no cais da Base Naval  de Lisboa.
(2004)

Lançamento de uma coroa de flores ao mar, em memória dos nossos companheiros da 1ª Guarnição,
já falecidos.(2004)



Nomes dos nossos companheiros da 1ª Guarnição da Fragata João Belo, que faleceram até 2004.
Sentidos pêsames a todos os familiares.

A coroa de flores segue o seu rumo incerto!!!
( 2004)




Na foto, o 2º Comandante da  NRP "Cte João Belo"



O primeiro Imediato da NRP "COMANDANTE JOÃO BELO"
CAP.TEN  -  JAIME DE OLIVEIRA LEANDRO
( Base Naval de Lisboa em 2003)


O ÚLTIMO COMANDO DA  NRP "COMANDANTE JOÃO O BELO.


Na foto do lado esquerdo o último Comandante da
 NRP "Comandante João Belo"- F480 ( Luis Policarpo)- 08/04/2008.
No lado direito o primeiro Imediato da Fragata (Leonel Cardoso), 

1967 a 1970


COMANDANTE: - CAP FRAG  Luis Policarpo



IMEDIATO : - CAP TEN   Rodeia Ribeiro.













Cerimónia de transferência das fragatas da classe João Belo

Crédito:-  #marinhaportuguesa     https://youtu.be/CT6AobEi6IY